Resenha: O Colégio de Todos Os Segredos

 O Colégio de Todos Os Segredos - Gail Godwin 





Sinopse: Mount St. Gabriel’s é um dos mais prestigiados colégios femininos americanos. Cada ano letivo vê chegar novos rostos e dita um novo equilíbrio na hierarquia social da escola. No outono de 1951, uma das turmas destaca-se pela excelência e singularidade, duas características que, juntas, são potencialmente imprevisíveis. Apenas a jovem professora Kate Malloy e a rígida matriarca da escola, a madre Suzanne Ravenel, se apercebem de que as espera um ano invulgar. Não poderiam, claro, imaginar até que ponto a história do próprio colégio se alteraria. Tudo começa quando Tildy Stratton, a incontestada líder da turma, abandona a sua fiel aliada, Maud, para se aproximar de Chloe Starnes, uma nova aluna que ficou recentemente órfã após a morte prematura e misteriosa da mãe. Esta amizade preenche um vazio nas vidas das duas jovens e põe em marcha uma série de acontecimentos que vão ameaçar a delicada harmonia da escola e mudar para sempre a vida de todos. Cinquenta anos depois, com o colégio há muito encerrado, a madre Ravenel recorda esse ano, cruzando passado e presente, numa derradeira tentativa de se reconciliar com as origens trágicas daquele que ficaria conhecido com "o ano tóxico".


Olá! Leitores!

Em "O Colégio de Todos os Segredos" a trama se desenvolve quando antigas alunas do Colégio Mount St. Gabriel’s (uma escola católica para meninas) fundado em 1910 e encerrado 1990, convencem a antiga diretora Madre Suzanne Ravenel já com 85 anos a escrever as memórias do antigo Colégio. Mesmo com certa reserva Suzanne aceita o convite. No entanto sua reserva tem haver com o ano de 1951 ao que a mesma apelidou-o de um "ano tóxico". No decorrer dos relatos conhecemos como o Colégio foi fundado e como a própria Suzanne chegou a escola sendo que a mesma também foi aluna interna do mesmo. 


Bom a história é contada na terceira pessoa, mas também em primeira pessoa por Suzanne e aí que acho que muita pessoas se perderam ou acharam estranho, estamos acostumados geralmente em obras de diários, memórias, que os relatos sejam  narrados em primeira pessoa, só que aqui acho que propósito foi conhecer antecipadamente o pensamento de terceiros e não somente o da protagonista da história (eu li tantas resenhas negativas que quase não li o livro). No entanto as primeiras linhas me cativaram, mas já friso de antemão, tem que ter paciência para ler, pois as apresentações e vidas dos personagens são extensas, e a autora não poupa detalhes.


Então o ano tóxico a qual a Suzanne se refere é o ano de 1951, (aqui Suzanne já era diretora) onde a escola encenava todo ano uma peça de teatro composta por Suzanne e é ai que conhecemos as alunas, Tildy, Maud, Chloe todas as três ligadas a Suzanne de certo modo. Vou tentar resumir o máximo que puder, porque a história é longa ( e ainda tem a parte onde voltamos no tempo quando Suzanne ainda era jovem e aluna do Colégio). 


"Conte a sua história a uma pessoa viva, a alguém de quem goste e em quem confie. Conte apenas as partes que está cansada de reviver, as partes que a assombram. Retire-as da escuridão e convide outra pessoa a observá-las consigo, sob uma luz partilhada. Depois peça a bênção de Deus no fim da cassete, envie-a para essa pessoa e ponha uma pedra sobre o assunto.'


A ligação entre elas: primeiro Suzanne e Tildy, Suzanne era melhor amiga da tia de Tildy a Antônia, quando eram adolescentes no Colégio. Já Chloe é sobrinha de Henry  que foi casado com Antônia. Já a Maud (e as outras também) fez parte digamos assim do "plot" que colocaria a reputação de Suzanne em evidência. 


"O problema em discernir a maldade do bem, pensou a madre Malloy (fechando os olhos sob a luz tremeluzente do sol e encostando-se à Freira Vermelha) era que, muitas vezes, os dois cresciam juntos. Nosso Senhor sabia disso: a sua parábola do trigo e do joio. Searrancássemos prematuramente a erva daninha ameaçadora, corríamos o risco de matar os pequenos rebentos de bem que lutavam pela vida em volta da sua raiz."


Bom o "ano tóxico" também tem haver com o que aconteceu na juventude de Suzanne. E tudo começa quando Suzanne se torna melhor amiga de Antônia, esta uma moça doce e gentil e que todos querem ser amiga, porém Antônia tem uma irmã gêmea que é o oposto, e que por sinal odeia Suzanne. A amizade das duas, foi intensa ao ponto de fazerem promessas de serem freiras e entrarem para ordem juntas, mas algo dar errado (e que obvio não posso dizer) e que mancharia a reputação de Suzanne no ano de 1951.


Voltando para as alunas: elas vão encenar a peça de teatro, no entanto uma má influência entra no meio e altera o curso da peça. Desencadeado depois uma série de acontecimentos. 

Quanto aos personagens: Suzanne eu achei ela, uma pessoa firme e objetiva gostei dela, (apesar de ser pintada por todos como fria e egoísta). Já a jovem Tildy eu achei mimada demais, meio chata, a Chloe gostei mas achei que faltou algo nela que não sei explicar, já a Moud foi a que mais gostei, achei ela a mais autêntica.   

A obra... Sim! Vale a pena ler! Porém como disse acima tem que ter muita paciência e não é pelo número de páginas e sim porque a autora estendi bastante nos detalhes, e vou confessar que teve momentos, que não precisavam de serem relatados o que deixou o livro demasiado cansativo. Mas a riqueza de detalhes compensa, quando a autora cita nomes como David Copperfield, C.S Lewis  e Henri James.


"Todos somos obras em curso."


Além do fato do ''ano tóxico" a obra apresenta o dia dia de um Colégio interno e suas regras, que envolve como sempre, posição social, as alunas populares, os namoros,  as fofocas, as intrigas e a inveja. No entanto ninguém é santo todo mundo tem seus segredos e como a citação acima: "Todos somos obras em curso" o importante é melhorar, e reconhecer nossos erros.




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2 Comentários

  1. Oi, Rosemary. Como vai? Que bom que gostou do livro, apesar de ser um tanto cansativo. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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    1. Oi, Luciano, não foi fácil terminar esta leitura, pois não conhecia o estilo da autora. Mas valeu a pena! Abraços!

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