Resenha: O ROUXINOL

O Rouxinol - Kristin Hannah


Sinopse: “Neste épico passado na França da Segunda Guerra, duas irmãs se afastam por discordarem sobre a ameaça de ocupação nazista. Com temperamentos e princípios divergentes, cada uma delas precisa encontrar o próprio caminho e enfrentar questões morais e escolhas de vida ou morte.” – Christina Baker Kline, autora de O trem dos órfãos  França, 1939: No pequeno vilarejo de Carriveau, Vianne Mauriac se despede do marido, que ruma para o fronte. Ela não acredita que os nazistas invadirão o país, mas logo chegam hordas de soldados em marcha, caravanas de caminhões e tanques, aviões que escurecem os céus e despejam bombas sobre inocentes. Quando o país é tomado, um oficial das tropas de Hitler requisita a casa de Vianne, e ela e a filha são forçadas a conviver com o inimigo ou perder tudo. De repente, todos os seus movimentos passam a ser vigiados e Vianne é obrigada a fazer escolhas impossíveis, uma após a outra, e colaborar com os invasores para manter sua família viva. Isabelle, irmã de Vianne, é uma garota contestadora que leva a vida com o furor e a paixão típicos da juventude. Enquanto milhares de parisienses fogem dos terrores da guerra, ela se apaixona por um guerrilheiro e decide se juntar à Resistência, arriscando a vida para salvar os outros e libertar seu país. Seguindo a trajetória dessas duas grandes mulheres e revelando um lado esquecido da História, O Rouxinol é uma narrativa sensível que celebra o espírito humano e a força das mulheres que travaram batalhas diárias longe do fronte. Separadas pelas circunstâncias, divergentes em seus ideais e distanciadas por suas experiências, as duas irmãs têm um tortuoso destino em comum: proteger aqueles que amam em meio à devastação da guerra – e talvez pagar um preço inimaginável por seus atos de heroísmo.



“Se há uma coisa que aprendi nesta minha longa vida foi o seguinte: no amor, nós descobrimos quem desejamos ser; na guerra, descobrimos quem somos”.


O Rouxinol começa no ano de 1995 com uma das irmãs (detalhe não sabemos qual das duas irmãs começa a relembrar o passado) já mais velha e com pouco tempo de vida já que a mesma se encontra doente. Vasculhando um antigo baú cheio de lembranças, a Senhora em questão nós leva para o ano de 1939 durante Segunda Guerra Mundial em Paris. Primeiro conhecemos a vida de Vianne ela é professora, é casada e tem uma filha de oito anos, e leva uma vida modesta, sua personalidade é de uma pessoa que gosta que as coisas sigam uma rotina tranquila.

Depois conhecemos Isabelle sua irmã, a mesma tem temperamento totalmente ao contrário a de Vianne. Por seu comportamento impertinente Isabelle acaba sendo expulsa de mais uma escola e é enviada para a casa de seu pai justamente no momento que a Alemanha invade a França. A partir desde momento a vida das irmãs muda drasticamente, o marido de Vianne é convocado para a Guerra, e ela vê a pequena cidade onde mora invadida pelos Nazistas. Como Isabelle e Vianne não se dão bem com pai. O pai de Isabelle a manda para viver com sua a irmã, porém quando a casa de Vianne é requisitada por um Soldado Alemão as duas irmãs tem de decidir entre conviver com o inimigo ou preservar o único lar que conheceram.

Vianne
No começo nos deparamos com uma Vianne que aceita tudo, não questiona nada, e sua única preocupação é manter sua família e a casa em ordem. Porém no decorrer da história conhecemos a força de Vianne, ela chega a passar por cima de certos sentimentos pra se comunicar com o marido, ajuda a esconder pessoas Judias, e chega a se submeter a humilhações para salvar sua família. O soldado que requisita a casa Vianne apesar de ser Nazista não é de todo ruim, ele ajuda Vianne em várias situações, chega até a ajudar uma amiga de Vianne. Os dois até chegam a ter um pequeno flerte. Porém o momento em que se encontram não tem espaço para o amor, mesmo porque os dois são casados. Acredito que a carência do momento levou Vianne a ver o Soldado Beck com outros olhos, ou seja, tudo tem dois lados se for parar pra pensar nem todo mundo da Alemanha concordava com as coisas que Hitler fazia inclusive seus próprios Soldados. Enfim Vianne enfrentou uma batalha psicológica, ela bateu de frente com todos os seus valores morais e éticos.


“Esfregou os lábios, como se tivesse encostado nos dele.
– Não podemos fazer isso – disse.
– Claro que não. Mas, quando Beck olhou para ela – e Vianne olhou para ele –, os dois souberam que havia algo ainda pior do que beijar a pessoa errada. Era o desejo de beijar essa pessoa”.


Isabelle
Personagem que não tem medo do destino, ela decidi que vai mudar a situação do país e é exatamente isto que ela faz. Isabelle se junto com a Resistência Grupo que luta contra a ocupação Nazista e acaba se tornando símbolo de esperança. Ela cruza fronteira, ajuda Soldados, passa fome, frio, mas não desiste da luta. Isabelle também chega a se apaixonar por um membro da Resistência mas como sempre em tempos de Guerra o amor fica em último lugar.



Durante a guerra as duas irmãs se transformam. A busca pela sobrevivência faz com que valores antes visto como inquebráveis se tornam frágeis. Tem cenas bem tristes e violentas, mas não se preocupe a autora as escreve com muita delicadeza. Apesar do Livro retratar a vida durante a Guerra Kristian Hanna não deixou o romance de lado. Sim, isto mesmo O Rouxinol tem romance, mas nem sempre com final feliz, afinal a época era de Guerra. No entanto Kristin Hanna mais uma vez conseguiu me surpreender, a autora não tem medo de escrever a realidade, ela joga com os nossos sentimentos.


O Rouxinol tem de tudo amor, ódio, morte, violência física e sexual, mas também tem arrependimento, tem solidariedade e tem esperança. E com certeza eu recomendo e não só você vai ter uma boa leitura você vai ter uma excelente Leitura.

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