Resenha: A Vida Em Tons De Cinza

A Vida Em Tons de Cinza - Ruta Sepetys



Este livro é impressionante. Rico em detalhes e na maioria deles baseados em fatos reais. Geralmente sempre que faço uma resenha eu coloco detalhes da história, mas hoje vou fazer diferente. A Vida Em Tons De Cinza dispensa muitas apresentações a Ruta Sepetys escreveu uma história apesar de triste, belíssima. 



“— Nada pode ser pior do que Stalin ..... Ele é o retrato do mal. — Não existe melhor nem pior.... Mas Hitler não vai nos tirar de nossa terra — disse o homem. — Você, talvez não; e nós, judeus? — perguntou o Dr. Seltzer,...  Hitler obrigou os judeus a usarem braçadeiras...... E ele está montando um sistema de guetos na Polônia...... Escolhi mal minhas palavras. Sinto muito, Martin. O que quero dizer é que estamos lidando com dois demônios que desejam governar o inferno.”


Apesar de o ano ser 1941 palco da Segunda Guerra Mundial neste livro vemos uma Guerra à parte; está sobre o comando de Stalin (Ditador Russo): “Em 1939, a União Soviética ocupou os países bálticos_ Estônia, Letônia e Lituânia. Pouco depois, o Kremlin criou listas de pessoas consideradas antissoviéticas, que seriam assassinadas, presas ou deportadas para campos na Sibéria. Médicos, advogados, professores, militares, escritores, empresários, músicos, artistas e até mesmo bibliotecários foram destinados ao genocídio. As primeiras deportações aconteceram em 14 de junho de 1941”. Nota da autora Ruta Setepys.




Uma história de guerra quase nunca contada, mas, acima de tudo, uma lição de amor e esperança.
"1941. A União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada. Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria. Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe. No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitos outros com quem estabeleceram laços estreitos, são mandados, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos. A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin". (Resumo retirado do Livro)



“Todos ansiavam por notícias. O careca contou a mamãe sobre um pacto secreto entre a Rússia e a Alemanha. A Lituânia, a Letônia, a Estônia, a Polônia e outros países seriam divididos entre Hitler e Stalin. Desenhei os dois partilhando países entre si como crianças partilham brinquedos. A Polônia fica para você. A Lituânia, para mim. Será que aquilo, para eles, era um jogo? Segundo o careca, Hitler tinha violado seu pacto com Stalin, porque a Alemanha invadira a Rússia uma semana depois de sermos deportados.”



"A Vida Em Tons De Cinza" segue linha; tão detalhista que parece que estamos presenciando a cena, de tão real que sentimos ao ler.  Apesar das cenas tristes a um romance na história entre Lina e Andrius, que se conhecem quando são deportados para a Sibéria. Então super recomendo este livro tenho certeza que vocês vão gostar. Boa Leitura!

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