Uma
Burca Por Amor – Reyes Monforte
Sinopse: Reyes Monforte apresentava seu
programa na rádio quando sua equipe passou a ela um telefonema. Do outro lado
da linha, uma voz nítida vinha do Afeganistão. Era María Galera, uma espanhola
que pedia ajuda enquanto relatava sua história - em uma viagem a Londres havia
conhecido um muçulmano por quem se apaixonara perdidamente ao ponto de se
casar, converter-se ao islamismo e acompanhá-lo até seu país de origem. Porém,
não conseguiram sair do país prontamente e voltar a Londres como haviam
planejado. Desconhecendo totalmente as leis do regime talibã, María nunca
poderia imaginar as situações que teria de suportar.
Baseados
em fatos reais “Uma Burca Por Amor” conta a história de María Galera uma jovem
impulsiva que foge de seu país a Espanha e ruma para Londres em busca de uma
vida diferente da que leva. Lá ela conhece Nasrad um homem de origem afegã e um
pouco mais velho que ela, mas isto que não a impede de se apaixonar
perdidamente por ele, se casar e se converter ao islamismo. E não demora muito
ela engravida e neste mesmo período o marido precisa fazer uma viagem para o
Afeganistão para visitar sua família. E Maíra mesmo grávida vai com ele.
Nesta
primeira viagem ela começa a conhecer aquele país e suas mazelas, pois seu
parto se adianta e ela tem de ter o filho na aldeia onde moram os pais de
Nasrad o problema é que o país está sobre o regime talibã e as mulheres não tem
direito a nada, e quando digo a nada é nada mesmo. Não podem ir ao hospital
seja por qual motivo for, não podem trabalhar, não podem da opinião e só podem
andar nas ruas acompanhada de um homem e totalmente coberta pela burca que nem
mesmo os olhos ficam de fora, e se por ventura aparecer se quer um pedaço de
pele do corpo é motivo para ser apedrejada na rua.
Bom depois disto ela tem o filho na
aldeia e passa o maior sufoco, mas tudo da certo e ela e o marido voltam para
Londres. Porém pouco tempo depois eles precisam voltar de novo para Afeganistão,
mas desta vez a viajem muda a vida deles de maneira drástica, porque eles são
roubados e perdem todo o dinheiro e seus documentos impossibilitando-os de
voltar a Londres. E aí que começa o martírio da vida de María porque ela passa
a viver com os sogros, cunhadas, primas e um
monte de parentes de seu marido, numa aldeia onde não há luz elétrica, água
encanada, saneamento básico, onde as pessoas não dão importância a higiene
pessoal, onde todos dormem amontoados em um mesmo quarto e pra completar
o martírio ganha uma sogra terrível, que a obriga a trabalhar mesmo após acabar de dar a luz.
Neste meio tempo María e o marido tentam conseguir os passaportes e seus documentos de volta, mas nada da certo.
Até que María decide pedi ajuda a irmã Rosie que com muito custo consegue
ajudá-la, e tirá-la do Afeganistão e levá-la para a Espanha.
Bom agora vem uma
parte um pouco revoltante (talvez mais para nós aqui do ocidente) com a personagem de María porque depois de
conseguir voltar ao país de origem e se estabelecer ela volta para o Afeganistão
com os filhos para viver com marido porque não consegue ficar longe dele.
María como disse acima tem uma personalidade impulsiva e uma obsessão pelo marido e acaba
cometendo muitos atos de irresponsabilidades na vida e usa a justificação de que
é por amor. Eu até acredito que por amor a pessoa possa até se submeter a certas
situações, mas no casa dela, ela foi egoísta porque uma coisa é você se
colocar em uma situação desagradável, mas se submeter seus filhos junto é muito
egoísmo. Ela só pensou no amor que sentia pelo marido e esqueceu as necessidades
básicas dos filhos. Sem contar que a irmã faz uma divida enorme pra trazer ela de volta e a María não deu valor. Apesar de que Nasrad o marido mesmo sendo de origem afegã onde os costumes são que os homens é quem mandam ele
trata a María muito bem, com respeito e dedicação.
Enfim
o livro é bom e mesmo que a María matasse a gente de raiva de vez em quando eu
ainda torcia por ela. Mas o livro tem um ponto negativo que eu não posso deixar passar. A trama tem algumas falhas, a narração está na terceira pessoa e a autora
escreveu de forma tal informal que ficou um texto que parece que nem foi
revisado. Nunca tinha lido nada de Reyes Monforte, e apesar de alguns incômodos gostaria de ler outros livros da autora.
María Galera
María, Nasrad e seus filhos.
Vestida com a Burca
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