Resenha: Dispara,Eu Já Estou Morto


Dispara, Eu Já Estou Morto - Julia Navarro



Sinopse: Um romance extraordinário sobre o conflito israelo-árabe retratando personagens inesquecíveis, cujas vidas se entrelaçam com os momentos-chave da história a partir do final do século XIX a meados do século XX, e recriando a vida em cidades emblemáticas como São Petersburgo, Paris e Jerusalém. Aqui Julia Navarro conduz o leitor através de relações duras de homens e mulheres que lutam por uma parcela de terra onde possam viver em paz.





O livro “Dispara, Eu Já Estou Morto” conta a saga de duas famílias: Ziad e Zucker, que passamos a conhecer quando Marian que trabalha para uma ONG (sobre a política de assentamento em Israel) vai entrevistar Ezequiel Zucker (um senhor já de idade), mas na realidade a Marian queria entrevistar o filho de Ezequiel, pois ele é um dos homens a favor dos assentamentos, e apesar de Marian tentar se manter profissional ela não consegue esconder seu desagrado a está questão. Então sem o filho para a entrevista ela acaba aceitando conversar com o pai Ezequiel Zucker. Enfim durante a entrevista há um clima tenso no ar, e à medida que os dois vão conversando a Marian conta um pouco da história dos Ziads e Ezequiel conta a parte dos Zucker.

E a história começa lá no final do século dezenove com Isaac Zucker que é pai de Samuel e são uma família de judeus na Rússia que está sobre o regime de czar, porém depois de terem a família assassinada em um Pogrom por serem judeus os dois decidem ir pra São Petersburgo, e lá se estabelecem, os anos passam e Samuel rejeita sua origem judaica e começa a simpatizar com a as ideias revolucionárias do marxismo e mais propriamente o socialismo porém esta simpatia terá um preço alto para Samuel, seu pai Isaac é preso no seu lugar acusado de conspirar contra o governo e morre na prisão e atendendo ao último pedido do pai, Samuel foge para Jerusalém.  Chegando lá ele conhece Ahmed Ziad uma família de árabes.

Bom agora quando a história chegar nesta parte você deve prestar bastante atenção se não você não vai conseguir entender nada. E aí já estamos no começo do século vinte e Jerusalém nesta época estava o sobre o regime dos turcos e o conflito era mais ou menos assim: os árabes trabalhavam nas terras e cultivavam, mas não tinham direitos nenhum, recebiam mal e não havia dinheiro suficiente para comprar sua própria terra. E é através deste regime opressor que os Ziad e Zucker se juntam definitivamente. Porque quando Samuel vai pra Jerusalém ele compra a terra que os Ziads moram e trabalham. Mas Samuel não os expulsa pelo contrário com suas ideias socialistas eles passam a trabalhar juntos e a se respeitar mesmo com culturas e pensamentos diferentes porque os Ziads são mulçumanos seguem o islã. E Samuel não tem mais fé em Deus. E com tempo Samuel cria a Horta da Esperança onde todos trabalham e contribuem com as tarefas do lugar, todo mundo mesmo, mulheres crianças, adultos, e velhos. Porém a Horta da Esperança é composta por pessoas que não acreditam em religião e por incrível que pareça a maioria eram judeus que estavam fugindo dos Progoms da Rússia.

Então como disse antes mesmo com as diferenças de crenças entre Ziad e Zucker, e o povo socialista eles criam uma grande amizade, que vai ser aos poucos abalada pelos conflitos históricos que vão surgir como: a Primeira Guerra Mundial, o Reino Unido que dominava a Palestina, a Segunda Guerra Mundial, o Campo de Concentração Nazista - Holocausto, a Guerra dos Seis Dias e vários outros conflitos que não consigo nem lembrar de tantos que foram. Bom gente a autora deu aula de história sobre tudo que se diz respeito a Israel Jerusalém/Palestina, casamentos arranjados, religião, crença, terrorismo e etc.

Então agora falando do livro como um todo ele tem 900 páginas, mas valeu cada linha a minha única ressalva é que tinha muitos romances proibidos: uns amavam, mas não eram correspondidos, outros se amavam, mas não podia ficar juntos, e nem pense que a autora foi boazinha nos romances porque não foi. Foi um ou outro casal que se amava que ficou junto (isto porque a trama se desenvolve com várias gerações de famílias então tem muitos casais). Quanto ao final este foi muito interessante principalmente ao que remete ao título do livro eu estava ficando estressada porque a história estava chegando ao fim e o título não estava fazendo sentido e outra coisa eu ficava intrigada com a entrevistadora Marian porquê ela tratava o Ezequiel um o senhorzinho simpático com muita aspereza e ele era sempre tão gentil com ela. Mas só final e digo final mesmo nas últimas linhas é que o título faz sentido e a entrevista também, mas já vou avisando nem perca seu tempo especulando muito, a autora não entregou nem uma pista do que poderia ser e confesso que me surpreendi com final como a muito tempo um livro não me surpreendia. Livro excelente super recomendo quando você começar a lê-lo você não vai acreditar aonde está história vai parar. Gente e desde já peço desculpa se a resenha esta meio “doida” porque a trama é muito extensa e não coloquei um terço do livro aqui. Boa Leitura!



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2 Comentários

  1. Oi, Rosemary. Primeiramente quero parabeniza-la por ter concluído um livro tão longo como este. Que bom que você curtiu, ne? Parece-me uma obra fascinante, embora, talvez extensa demais. Abraço!



    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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    1. Oi! Luciano, muito obrigada! Não foi fácil, mas a trama ajudou bastante. E com certeza vale a penas ler, a obra tem uma riqueza cultural inimaginável. Abraços!

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