A
Pérola Que Rompeu A Concha - Nadia Hashimi
Sinopse: Filhas de um viciado em ópio,
Rahima e suas irmãs raramente saem de casa ou vão à escola em meio ao governo
opressor do Talibã. Sua única esperança é o antigo costume afegão do bacha posh,
que permite à jovem Rahima vestir-se e ser tratada como um garoto até chegar à
puberdade, ao período de se casar. Como menino, ela poderá frequentar a escola,
ir ao mercado, correr pelas ruas e até sustentar a casa, experimentando um tipo
de liberdade antes inimaginável e que vai transformá-la para sempre. Contudo,
Rahima não é a primeira mulher da família a adotar esse costume tão singular.
Um século antes, sua trisavó Shekiba, que ficou órfã devido a uma epidemia de
cólera, salvou-se e construiu uma nova vida de maneira semelhante. A mudança
deu início a uma jornada que a levou de uma existência de privações em uma vila
rural à opulência do palácio do rei, na efervescente metrópole de Cabul. A
pérola que rompeu a concha entrelaça as histórias dessas duas mulheres
extraordinárias que, apesar de separadas pelo tempo e pela distância,
compartilham a coragem e vão em busca dos mesmos sonhos. Uma comovente
narrativa sobre impotência, destino e a busca pela liberdade de controlar os
próprios caminhos.
“A
Pérola Que Rompeu A Concha” conta a história de Rahima e Shekiba duas mulheres
de uma mesma família, mas com décadas de distância Shekiba tem sua historia
contada a partir do começo do século XX e Rahima tem a sua história contada no
final do mesmo século. O que essas duas mulheres tem em comum além do
parentesco? A vida difícil das mulheres no Afeganistão, aliás dizer difícil é
eufemismo. Apesar de décadas de diferença a situação da vida das mulheres quase
não mudou.
Submissa as leis dos homens
que somente beneficiam aos mesmos, elas não podem trabalhar, sair sozinha, ter
opinião, não podem assistir televisão ou ler um simples jornal. Bom isto é só o
começo do que a trama aborda, pois há ainda violência física e psicológica,
estupro, casamento infantil, exploração e guerra. Pois é, o livro não é nenhum
romance bonitinho, e sim um alerta ao mundo, para um novo olhar para estas
mulheres que sofrem caladas, e quando se quer pensam em protestar geralmente
são mortas sem piedade.
“Há um beijo que desejamos com
todas as forças, o toque do Espírito no corpo. A água do mar implora à pérola
que rompa sua concha. E o lírio, quão ardentemente ele precisa. De um ser amado!
À noite, abro a janela e peço à lua para vir e pressionar sua face contra a
minha. Respire dentro de mim”.
Então
antes de terminar quero falar de algo que me chamou atenção na trama. É que os
mesmos homens que maltratam e criam essas leis horríveis são os mesmos que são
criados por essas mulheres que sofrem. E outro ponto que percebi é que elas não
são unidas geralmente a sogra faz da vida das noras um inverno e assim por adiante
e elas começam a se odiar porque os maridos têm várias esposas e pouco se importa com elas. Acho que o
sofrimento vai minando o amor que existe dentro delas.
Enfim vale a pena ler.
Boa Leitura!
E você caro leitor! O que achou da história? Já conhecia o livro? Comenta aqui abaixo gostaria muito de saber. Abraços!
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