Resenha: A Costureira de Khair khana


A Costureira de Khair khana -Gayle Tzemach Lemmon 





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Sinopse: A vida que Kamila Sidiqi conhecia mudou da noite para o dia quando o Talibã tomou o controle da cidade de Cabul. Depois de estudar para professora durante a guerra civil - uma conquista rara para qualquer mulher afegã - Kamila foi confinada à sua casa e proibida de continuar estudando. Quando seu pai e seu irmão mais velho foram obrigados a abandonar a cidade, Kamila se tornou a única provedora de seus cinco irmãos. Tendo apenas a coragem e a determinação como armas, ela pegou agulha e linha e criou sozinha um próspero negócio. Esta é a incrível e real história dessa inacreditável empreendedora que mobilizou sua comunidade sob o domínio do Talibã.


"Ninguém havia contado detalhadamente as histórias dessas heroínas. Havia diários comoventes que relatavam a brutalidade e o desespero das vidas das mulheres sob o domínio do Talibã, além de livros inspiradores sobre mulheres que criaram novas oportunidades depois do recuo forçado dos talibãs. Mas essa história era diferente: ela era sobre mulheres afegãs que se apoiavam mutuamente quando o mundo ao redor as havia esquecido. Elas se apoiavam e apoiavam suas comunidades sem nenhuma ajuda exterior ao seu pobre país alquebrado e, nesse processo, refizeram seu próprio futuro."


Olá! Leitores!


Quem nos conta a história da Costureira de Khair Khana é a jornalista Gayle  que em uma de suas reportagens vê em Kamila Jan uma forma de contar as histórias de muitas mulheres afegãs no começo dos anos 90 quando o Regime do Talibã assume o poder no Afeganistão levando guerra, terror, fome, maus tratos e desumanidade aquelas pessoas que nada tinham haver com "aquilo".

Kamila Jan é uma jovem afegã que acaba de se formar na Universidade, feito grandioso já que poucas mulheres tinham essas oportunidades. No entanto sua alegria é interrompida quando o Talibã assume "à força" o poder da cidade de Cabul capital do Afeganistão. Com regras rígidas e autoritárias principalmente para as mulheres. As mesmas são obrigadas a usarem o chadri, vestimenta que as cobrem totalmente dos pés a cabeça, tendo apenas uma telinha na frente dos olhos, para enxergarem o mundo. Além de serem proibidas de andar nas ruas sem estarem acompanhadas de um homem (e este deveria ser de preferência seu parente),  não podiam exercer quase nenhuma profissão, não podiam conversar com nenhum homem a não ser seus parentes, não podiam usar esmalte, maquiagem e se por algum acidente uma pequena parte de seu corpo viesse a aparecer era motivo para prisão ou espancamento. E de um modo geral os habitantes estavam proibidos de ouvirem música, assistir tv, tirar fotografia, cortar os cabelos e tudo que lembrasse os costumes Europeus.

Com a guerra devastando o país Kamila que se formou como professora não pode exercer sua profissão, então ela pensa em jeito de ajudar sua família já, que seus pais tiveram que fugir de casa por terem se envolvido com o governo anterior. Já um de seus muitos irmãos que poderiam ajudar ela e suas irmãs, também resolve ir embora já que o emprego estava escasso. Sozinha e com irmãos menores e irmãs adolescentes para criar Kamila assume a reponsabilidade de cuidar deles mesmo, que ela seja quase da mesma idade que eles .

Então sem poder saírem de casa e trabalhar, ela tem a ideia de começar a custar já que a costura poderia ser feita dentro de sua casa. E contando com ajuda de sua irmã mais velha, que a ensina o ofício. Kamila aprende a costurar, mas também a empreender, já que ela vai atrás dos lojistas das cidades, para vender suas peças. E de repente ela está sustentando sua família, e também passa a empregar outras mulheres do bairro que já estavam até passando fome.


A história de Kamila é surpreendente ela teve uma coragem inimaginável, porque não foi uma época fácil para as mulheres e ainda não é. Mas ela enfrentava diariamente os soldados do Talibã que patrulhavam as ruas da cidade noite e dia, atrás de pessoas que para eles estivessem transgredindo suas leis. E sua coragem a levou muito longe, ela participou de Ongs, ajudou seu país, foi convidada anos depois do Regime Tabilã ser descentralizado para uma visita nos Estados Unidos, foram lhe oferecidos cursos na Itália e ect. Hoje ela fundou sua própria empresa. A luta de Kamila foi grande e tem muita coisa que não coloquei aqui, mas algo que me chamou muita atenção no livro, apesar de ter sido pouco explorado, foi a personalidade do pai de Kamila o Sr. Sidiqui ele queria que todas as suas filhas e filhos estudassem e tivessem uma profissão, me surpreendeu porque geralmente vemos o contrário nestas histórias. Achei bonito sua atitude e acho que Kamila teve essa força graças ao pai. Enfim super recomendo. Boa leitura!



 





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